10/04/2011

Os prós e contras da Usina de Belo Monte..

Algumas pesquisas sobre a usina de Belo Monte nota-se que assim como ocorreu com o caso do novo código florestal, também há poucos pontos a favor da instalação da Usina Hidrelétrica.
O principal argumento de seus defensores é que será uma obra de baixo custo e energia limpa!
Porém os ambientalistas que estão contra a construção da usina afirmam que os danos ambientais, serão maiores que os possíveis benefícios pela área que será destruída, alem da perda da área, haverá deslocamento dos residentes das áreas de construção entre eles índios.

“Belo Monte além de Altamira, a hidrelétrica ocupará parte da área de outros quatro municípios: Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida e tem a maior população dentre essas cidades, com 98 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os demais municípios têm entre 10 mil e 20 mil habitantes.” Fonte: G1
Nessa matéria do G1 contém fotos com os locais que serão destruídos com a construção da usina.


Na postagem anterior, mostramos os dados históricos da discussão que envolve Belo Monte.
Em uma reportagem feita com políticos entre os anos de 2002 e 2003, mostram suas opiniões e argumentos relacionados a usina, um dos entrevistados disse o seguinte:

“Mário Matias Lobo, prefeito de Uruará (entrevista concedida entre setembro e novembro de 2002)
Posição em relação a Belo Monte "Sou a favor. O impacto ambiental é praticamente nulo perto dos benefícios e da quantidade de energia que será gerada. Nosso período chuvoso é diferente de outras regiões do país, o que permitirá a geração de energia durante épocas de seca. Em relação aos impactos, estamos discutindo com a Eletronorte um Plano de Desenvolvimento Sustentável, que será implementado de acordo com cada cidade. Por exemplo, existem cidades que estão muito próximas da área da barragem, como Altamira e Vitória do Xingu, onde vai haver uma grande concentração de população. Estima-se que cerca de 150 mil pessoas migrarão para áreas vizinhas à barragem. Já minha cidade, que fica a 250 quilômetros da barragem, não vai receber pessoas mas, sim, perder. Minha cidade foi formada por um projeto de colonização do Incra, portanto, tem uma economia basicamente agrícola, desenvolvida por pequenos produtores. A falta de assistência técnica, escola e infra-estrutura é o que levará as pessoas a sair da região." (continuação clique aqui)

Essa outra entrevista também traz uma visão voltada como a favor da construção, o trecho que me chamou atenção aqui foi:

“Olhar Virtual: A usina é vital para o desenvolvimento do país?
Emilio La Rovere: Belo Monte tem uma importância para o suprimento de energia elétrica no Brasil, e, por isso, a construção é vital. A usina irá aproveitar o potencial remanescente hidrelétrico no país. Houve um período de escassez de geração de eletricidade no país, entre 2000 e 2001, resultante da insuficiência de investimentos. O que aconteceu foi uma falta de planejamento para construção de hidrelétricas pela expansão da demanda. Hoje, o mercado de energia elétrica cresce e, por isso, Belo Monte e outras usinas são vitais para o desenvolvimento.” Para ler mais clique aqui.

Não seria necessário levar em consideração a população local? E os danos ambientais não devem ser levados mais em conta?

Nesta reportagem (clique aqui) contém relato de índios que ali residem. Esse comentário presente no site apresenta a opinião de uma índia: “Antes de Belo Monte, a nossa região vivia abandonada, esquecida pelo estado e pelos políticos. Só lembraram da gente quando precisaram de energia para alimentar a indústria que exporta os minérios da região para o exterior”, protestou Juma Xipaia, jovem índia da tribo xipaia e presidente da Associação dos Indígenas Moradores de Altamira-PA (Aima), durante a coletiva do longa-metragem produzido pelo brasileiro Rafael Salazar.

Os índios são destaque nas discussões relacionadas a Usina de Belo Monte afinal será ocupada uma área que eles residem e não é de hoje!

"Nós somos contra a Construção de Belo Monte porque ela prejudicará o indígena e o não indígena", disse o Cacique Raoni Metyktire, em seu discurso. "Um abaixo-assinado foi feito e mais de meio milhões de pessoas assinaram, nós queremos entregar para a presidenta Dilma Rousseff", completou. Segundo o antropólogo e assessor político do Instituto de Estudos Socioeconômicos, Ricardo Verdum. "A questão indígena vem sendo negligenciada desde o início e a partir do momento que o governo federal liberou as obras a situação se torna mais grave". (Leia mais aqui)

E complementando:
“Belo Monte representa o Brasil atrasado, apegado a velhos modelos energéticos, que beneficiam poucos, mas possuem uma enorme capacidade de destruição socioambiental”, diz Beatriz Carvalho, diretora-adjunta de Campanhas do Greenpeace. “No cerne da discussão sobre Belo Monte está a questão fundamental: qual modelo de desenvolvimento queremos assegurar ao Brasil, hoje e nas próximas décadas. Defender Belo Monte significa olhar o desenvolvimento do país pelo espelho retrovisor”. (Fonte: Greenpeace)

Não existe apenas Usinas Hidrelétricas como fonte de energia, existem também Energia Eólica, Energia Solar, Energia das Marés, Biogás e Biocombustíveis,(prós e contras aqui) que são conhecidas também como energia limpa, resumidamente são as fontes de energia que não são poluentes, o que devemos levar em conta nesse caso é qual seria mais adequada em cada região, pois não se tem ventos abundantes no Brasil todo, as taxas necessária de luz solar abundante para utilizar a energia solar e etc...

Uma coisa podemos pensar: Com tantos fatores para serem levados em consideração, não apenas o econômico, mas o ambiental e o social, vocês acham justo a liberação da construção da usina? Comentem

30 comentários:

  1. muito bom esse texto e os pontos de vista tanto como positivo e negativo. Embora possa trazer "beneficios" para o "capitalismo", nao ira trazer beneficios para natureza, q daqui alguns dias nao podera mais existir e o dinheiro nao podera resolver isso, afinal se ja existe outras fontes de eneergias limpas , o certo e investir no novo e novas formas de nao causar danos ao meio ambiente.

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  2. O que mais me deixa indignado é o fato de criarem apenas esse tipo de energia no Brasil. O nosso país é atingido em grande parte pelo Oceano e não temos nenhuma usina de energia maremotriz, que além de limpa, desafogaria as cidades litoraneas entre elas, algumas consumidoras de grande parte da energia. E também, aproveitar melhor o potencial hidroviário, onde um caminhão carrega 1 container, um navio leva uma quantidade maior e o que não desse para carregar seria levado por intermédio do transporte ferroviário.
    São apenas sugestões simples, mas que resolveriam em parte alguns problemas socioambientais.

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  3. Uau, parabéns pelas pesquisas, meninas...
    Bem completinho.
    Bom, é clichê agora todos serem contra a construção, mas acho que antes de julgar, precisamos ser cidadãos críticos.
    O Brasil é o único (ou um dos únicos, não tenho certeza) país auto-suficiente em energia elétrica, distibuída em eólica, através do petróleo e de hidrelétricas.
    Então, por vários fatores, a construção é, no mínimo, viável.
    Entretanto, há a preocupação com o meio ambiente.
    Minha opinião não está formada. Sou a favor de um longo estudo pois sou a favor, antes e principalmente, do meio ambiente e dos seres vivos.
    O que for melhor para a maioria, terá meu apoio.

    Marina.

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  4. Ficou bom demais viu parabéns ótimo ponto de vista continue sempre assim ajudando as pessoas a saber mais sobre oque esta ocorrendo no dia-a-dia na questão do meio ambiente pois se você perguntar de futebol 90 % da população saberá te informar

    Leandro Santos

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  5. A verdade é que o Brasil é uma merda e grande parte da sua população não liga para o que acontece e não faz nada, então vai ser sempre assim infelizmente ...
    Matteus. G;

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  6. "Não existe apenas Usinas Hidrelétricas como fonte de energia, existem também Energia Eólica, Energia Solar, Energia das Marés, Biogás e Biocombustíveis..."

    Energia Eólica: Não possui um potencial energético constante (não é 100% do tempo que venta com frequência). Para completar, as fazendas de vento são responsáveis pelo o que posso chamar de genocídio de pássaros. Basta pesquisar "Turbina Passaros" no Google que irão achar. Mas segue dois links de artigos também:

    Birds and windfarms - Bird Genocide at windfarm sites - http://www.iberica2000.org/es/Articulo.asp?Id=1188

    Energia Eólica: Turbinas Acusadas de Matar 40000 Pássaros/Ano - http://mybelojardim.com/energia-eolica-turbinas-mata-40000-passaros/

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    Energia Solar: Não possui um potencial energético constante (não é 100% do tempo que capta a luz solar). Ela precisa de uma área aberta muito grande, geralmente é usado desertos para sua construção. No Brasil, a MPX Tauá é a primeira Usina Solar comercial, e possui um potencial de 1MW (1500 residencias), com planos de expansão para 5 MW (7500 residencias), o que é muito pouco para um país do nosso tamanho.

    MPX Tauá - http://www.ebx.com.br/release.php?id=261

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    Energia Maremotriz: De todas as citadas é a pior. Custo elevadíssimo, péssimo potencial energético. Usar Maremotriz no Brasil é jogar dinheiro fora.

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    Biogás: Essa daqui é interessante. Mas ela não pode ser comparada com o potencial energético de uma Hidrelétrica. Antes de discutir o Biogás, discutam o Plano Nacional (Estadual e Municipal) de Resíduos Sólidos. Uma boa gestão desses resíduos pode abrir a oportunidade da construção de uma usina local de Biogás, que ai tem todos os prós para entrar em funcionamento.

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    Biocombustíveis: O Brasil já possui uma enorme área plantada para fins de Biocombustíveis. Se for necessário aumentar muito mais esse espaço para conseguir energia, a coisa vai ficar feia né... perder mais espaço de alimentos para cana-de-açucar é uma ideia no mínimo estranha.

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    Termino aqui a minha fala... mas só pra resumir isso, quando Taipu estava para ser construída, houve a mesma comoção e se ela não tivesse sido construída, não teria Apagão que desse conta de segurar as coisas.

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    1. queria ler um comentário assim, que me fizesse pensar. valeu, apoiado

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    2. Muito obrigado pela informação!Também apoio

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    3. Eu achei que os textos estão com ótima formatação e abordam o assunto de uma forma mais interessante do que em outros sites que causa uma melhor impressão e maior entendimento do assunto, eu sou contra pois acho que como no Brasil se fala tanto de preconceito e racismo.. devíamos pelo melo menos respeitar o lugar onde os indígenas moram e a historia deles pois la em Belo Monte eles criaram ma historia de vida e querem que ela sege passada a outras pessoas de um futuro mais remoto!!
      agradeço a todos que colaboraram com a criação dos textos pois sou uma jovem de 16 anos e faço um trabalho de escola, e este texto seguinte, me ajudou muito a terminar de formar minha opinião que já era mais contra do que a favor em totalmente contra obrigada sem mais Aldrey.

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    4. Seria bom pararem de pensar que o Brasil não sobrevive somente com a energia eólica, solar, marés etc e que as hidrelétricas são tão necessárias. Com a construção de Belo MOnte o preço da conta de luz vai baixar,porém isso só vai incentivar a utilizarem, desperdiçarem mais energia! Não seria melhor consientizar a todos a não desperdiçarem e investir nessas energias alternativas que não possuem impactos socioambientais como os das hidrelétricas?!
      Mais uma vez o país vai reprimir os índios? Retirá-los de suas terras para o não lugar.. Na terra está toda a cultura, tradições, conhecimentos, modos de fazer, que valor isso tudo tem?!

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    5. Para os que não sabem a construção de uma hidrelétrica que fez começar O MST

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  7. Sou a favor da Usina Belo Monte , pois gerará emprego e desenvolvimento pro país .

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    1. A questão é que já está sendo construída e sobre um olhar social os trabalhadores estão sendo mal tratados até ameaçados.Já foram despedidas mais de 60 pessoas que trabalhavam nas obras todos moradores das regiões próximas a futura usina.

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    2. A geração de empregos nesse caso é totalmente ilusória. Quando a construção acabar, todas essas pessoas vão estar desempregadas novamente, e para onde elas vão?

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  8. Espere um minutinho galera, desde quando destruir e uma forma de desenvolvimento?
    Com a natureza não se brinca, tudo que vai volta, essa e a grande lei da natureza.
    Não esperem um acontecimento acontecer para mudarem de idéia.

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    1. Destruir não é desenvolvimento nenhum mas construir sim.Concordo que a construção da usina vai destruir uma parte sim porém o Brasil vai precisar de mais energia com o passar dos anos...precisamos de soluções : Algo que traga energia para todo o país, atenda a população, não agrida ao meio ambiente e consiga manter o padrão de vida elevado. Não tem jeito! Todo tipo de energia tem seus prós e contras o que resta é avaliar e encontrar uma forma de produzir que seja adequada para o país! Com a natureza não se brinca, concordo. Mas você vai abrir mão do seu carro, computador, banho com água quente, energia na sua casa, televisão? O mundo não pode fazer isso, não tem como repentinamente retroceder na altura que estamos precisamos pensar e encontrar uma solução!

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  9. Na minha opinião acho que não deveriam construir a usina belo monte , ainda mias no caso dos indígenas , que já estão desaparecendo !

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  10. Muitos que são a favor são pessoas que não moram por lá e não serão prejudicados com essa construção. Não pense só no lucro e sim nas pessoas e na fauna.

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  11. Eu creio que a prioridade sempre e sem exceção deve ser a favor da vida humana. Fato é que muitas pessoas ,diferente de nós que aqui escrevemos, não tem luz. E imagino que a maioria pode ter uma geladeira e armazenar seus alimentos, quem não tem luz, pasmem, não pode nem ter geladeira.
    Infelizmente, e é realmente infelizmente, o Brasil em relação a energia criou a política do "vamos inundar tudo", mas por pior que pareça a situação, nós temos luz e com certeza a maior parte não quer que a usina de Itaipú ou as outras 108 usinas sejam desativadas, até porque muitos nem sabiam que o Brasil tem 109 usinas e a maior parte de nós não sabe que usina "coloca" luz em nossas casas.
    Se vamos ser contra a construção, vamos ser contra todas as que já foram construidas inclusive aquelas que fazem nossos computadores funcionarem. Se vamos mudar, seja lá o que for, precisamos mudar integralmente e não simplesmente evitar mais uma burrada do governo. Porque se não for Belo Monte, vai ser outra coisa.

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  12. o ser humano valorizam coisas ao invés de valorizar pessoas , por esse e outros motivos que o ser humano se vai , e a natureza fica .Quem nesta vida gostaria de ver sua história cultural e emocional se destruida , por pessoas que só pensam no dinheiro? Quem gostaria de ver a casa onde foi criado vc e sua família ,ser destruída?
    Ninguém !
    E querem fazer isso como o povo indígena.
    " Um país que não preserva seu passado , nunca terá um bom futuro "
    E o nosso meio ambiente será destruído mais e mais?
    Não devemos deixar que engravatados , destratem nossos indígenas sem roupa!
    Brasil nossa voz tem vez diga não a Usina Hidrelétrica Belo Monte!

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  13. estou á procura de uma alma gêmea... ESTE SITE é para isso? BJSS

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  14. a questão crítica da usina de Belo Monte é de certo um fato que expõe a hipocrisia brasileira, enquanto dizem que querem ajudar a cultura indígena, que quer ajudar a população brasileira, eles colocam em risco vidas inocentes, tanto humanas quanto animais e vegetais. Na realidade o que está em jogo não é o bem estar populacional, mas sim a questão do dinheiro, do lucro. Colocam preço na vida das pessoas.

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. A previsão para o crescimento no consumo de energia elétrica no Brasil até 2020, é de 4,8% "ao ano" até 2020. A questão é, quanto maior o desenvolvemos maior a utilização de recursos para a sua sustentação, e o que faremos? Construiremos uma usina, desmatando cerca de 90 mil campos de futebol de floresta amazônica, assassinando 440 espécies de aves e 259 de mamíferos, acabaremos com tribos indígenas (povos que já povoavam a região antes mesmo destas terras serem consideradas parte da nação brasileira) e toda a sua história, realocaremos mais de 6 mil familias, reduziremos a vazão de um rio em 100 km de extensão, causando impactos incalculáveis durante essa extensão todas as vezes que precisarmos garantir o consumo de energia para acompanhar o crescimento do país? Isso é um ciclo viciante. Brasil com seus recursos hidricos tem um potencial energético gigante, mas também uma extensa gama de oportunidades energéticas a serem exploradas. Claro, nem todas elas são constantes, aliás, nem o recurso hídrico é, afinal dependemos das chuvas para manter os níveis dos rios em algo aceitável, tanto que em épocas de estiagens as usinas operam em capacidade reduzida. Concordo que há o lado positivo, mas essa não foi a primeira usina construida no Brasil, e nem será a última considerando o rítmo de crescimento do país. Por isso, precisamos de uma solução já, ou em breve, não haverá mais o que destruir para garantir a construção de novas usínas.
    Fazendeiros, madeireiros, mineradores, governo etc., cada um fazendo a sua parte na destruição dos nossos recursos naturais. Onde vamos parar?
    O desenvolvimento sustentável precisa ser a bandeira desse país. É fácil crescer quando não há a necessidade de se pensar no futuro. Esse é um pensamento egoísta e ridículo. Poupar energia já seria um grande começo. Com a construção de Belo Monte, o governo diz que a energia será mais barata para o povo. Sabe o que vai acontecer? Vai aumentar o consumo desnecessário, pois as pessoas não estão preocupadas com o impacto da geração de energia. As pessoas estão preocupadas se pode pagar ou não por ela.
    Bom, essa discussão tem muitos lados, mas a minha posição é essa. Sou a favor da exploração de outros recursos para a geração de energia, sou contra o desmatamento, sou contra o assassinato e a extinção da fauna e flora, sou contra a extinção de culturas indíginas, sou contra a desapropriação de áreas povoadas conforme a lei e sou a favor do consumo consciente.

    Thiago Joazeiro

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  17. Ainda bem que a idro, ja está sendo construida isso vai ser otimo para a cidade onde eu moro. Não to nem ai pras areas que serão inundadas pelomenos minha familhia esta fora das areas inundadas. E lamento pelos que terão suas casas tomadas pela agua.

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  18. CONAMAs REGIONAIS - ENTENDA A PROPOSTA


    É inegável que o Conselho Nacional do Meio Ambiente – criado há mais de três décadas - precisa de uma reformulação voltada a sua adequação a atual realidade ambiental do Brasil.

    Hoje, com mais de 100 conselheiros, pode ser comparado (por força de expressão) a um “Maracanã Ambiental” que lotado dificulta muita as vezes o processo das deliberações.

    Por exemplo, muitas das decisões são tomadas segundo uma visão centralizada – a partir dos olhos de Brasília – mas que poderiam ser melhor deliberadas se o fossem diretamente nas regiões (Biomas) onde os problemas ocorrem e, sobretudo, pelas pessoas / entidades que (efetivamente) vivem o problema. Ou seja, por exemplo, conselheiros das Regiões Sul e Sudeste do Brasil deliberando sobre assuntos ligadas a Caatinga.

    Deste modo, é inadiável que se promova uma AMPLIAÇÃO das atividades do CONAMA, ou seja, um processo de REESTRUTURAÇÃO que possa assegurar mais eficácia ao CONAMA, sem retirar dele a importância que tem no cenário ambiental nacional.

    A proposta é a da criação dos CONAMAS REGIONAIS POR BIOMAS onde os temas específicos de cada Bioma
    possam ser levados a discussão nas regiões onde ocorrem, envolvendo quem conhece a problemática regional.

    Um Bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grande áreas contínuas, em escala regional. Que apresenta flora e fauna similares, definida pelas condições físicas predominantes nas regiões. Esses aspectos climáticos, geográficos e litológicos (das rochas), por exemplo, fazem com que uma Bioma seja dotado de uma diversidade biológica singular e própria. No Brasil, por ordem decrescente de tamanho, os Biomas existentes são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e o Pantanal

    Ao CONAMA caberia manter as discussões e deliberações dos macro temas ambientais (que envolvem dois ou mais Biomas), enquanto aos CONAMAS REGIONAIS caberia, para cada Bioma, o debate e deliberação de temas ligados a tais regiões específicas.

    A criação dos CONAMAS REGIONAIS levaria a seus plenários entidades hoje fora do CONAMA (produto da superlotação) que estariam ligadas a região específica para a qual se pretende uma intervenção ambiental. Um espaço significativo para entidades ambientalistas locais e regionais que dariam uma grande dinamização dos trabalhos.

    Não é novidade a criação de Conselhos Regionais no Brasil; o Estado do Espírito Santo já descentralizou seu Conselho Estadual de Meio Ambiente há mais de 10 anos e, alguns anos depois, de forma própria, o Estado de Mina Gerais evoluiu no memso sentido.
    Portanto, a proposta de criação dos CONAMAS REGIONAIS não é uma novidade a ser testada; é uma experiência muito bem vivenciada que poderá ser adequada ao CONAMA.

    Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
    Conselheiro do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo / CONSEMA – ES
    Coordenador do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental e Social / NEPAS
    roosevelt@ebrnet.com.br

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