11/30/2011

Diga NÃO ao novo Código Anti-Florestal.

Boa tarde pessoas, ontem dia 29/11 (terça-feira) houve uma manifestação no Palácio do Planalto em Brasília.Várias pessoas de vários estados do Brasil compareceram.
Com tudo a Presidenta Dilma não estava presente porém tivemos grandes ongs presentes como WWF, S.O.S Mata Atlântica, #florestafazdiferença, Greenpeace e muitos outros.
Deram a palavra tbm senadores ambientalista e Marina Silva que recebeu a todos com muito carisma.
No entanto não surgiu uma resposta fixa, o Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) conversou no lugar da Dilma: "Uma das qualidades (de Dilma) é que aquilo que ela prometeu ela cumpre", para quem não se lembra Dilma enviou uma carta ao Partido Verde (PV) esperando apoio da Marina Silva, dizendo que tem muita coisa que mudar nesse Novo Código Florestal (a favor dos ambientalistas).
Estava lá no Planalto tbm falando com os representantes ambientalistas José Belisário (vice-presidente da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB) e comentou após a reunião: Há muitas preocupações, uma delas a preocupação com a anistia dada a quem desmatou até 2008. A discussão do Código Florestal é um debate ético, antes de ser somente técnico e econômico"
Os senadores iriam votar nessa quarta-feira (30/11) porem no regimento pede a leitura e a votação da matéria colocada em questão, no caso de urgência já não "precisa", como o DEM e o PSDB dizem.
Porém o PSOL já não quer abrir mão da votação dizendo que tem muitas pendencias e muito o que ser lido com atenção.
Por tanto para sorte de uns e azar de outros fica a votação para terça-feira que vem (06/12). Com mais tempo de refletir e ver o que deve ou não ser aceito, já que em uma pesquisa feita pelas principais organizações ambientalistas 80% (isso mesmo cerca de 80%) da população nacional é CONTRA o Novo Código Florestal.
Levando em consideração nem deveria ter a tal votação porque;
1° a voz do povo não é a voz de Deus?
2° a maioria não vence?
3° e mais importante, mais devastação, menos florestas, menos proteção as águas.
É muita coisa contra e pouca a favor.
Mas teremos mais tempo pra refletir e ver os lados, abaixo segue algumas fotos.
Espero que pensem, divulguem e corram atrás do que acham certo.










11/27/2011

Todos deveriam ler.

Eu no meu domingo monótomo, vi uma atualização do Projeto Gota D'água, achei lindíssimo. Segue abaixo:


"Carta do Cacique Mutua (dos Povos Xavantes) a todos os povos da Terra

O Sol me acordou dançando no meu rosto. Pela manhã, atravessou a palha da oca e brincou com meus olhos sonolentos. O irmão Vento, mensageiro do Grande Espírito, soprou meu nome, fazendo tremer as folhas das plantas lá fora. Eu sou Mutua, cacique da aldeia dos Xavantes. Na nossa língua, Xingu quer dizer água boa, água limpa. É o nome do nosso rio sagrado. Como guiso da serpente, o Vento anunciou perigo. Meu coração pesou como jaca madura, a garganta pediu saliva. Eu ouvi. O Grande Espírito da floresta estava bravo. Xingu banha toda a floresta com a água da vida. Ele traz alegria e sorriso no rosto dos curumins da aldeia. Xingu traz alimento para nossa tribo.

Mas hoje nosso povo está triste. Xingu recebeu sentença de morte. Os caciques dos homens brancos vão matar nosso rio. O lamento do Vento diz que logo vem uma tal de usina para nossa terra. O nome dela é Belo Monte. No vilarejo de Altamira, vão construir a barragem. Vão tirar um monte de terra, mais do que fizeram lá longe, no canal do Panamá.
Enquanto inundam a floresta de um lado, prendem a água de outro. Xingu vai correr mais devagar. A floresta vai secar em volta. Os animais vão morrer. Vai diminuir a desova dos peixes. E se sobrar vida, ficará triste como o índio.

Como uma grande serpente prateada, Xingu desliza pelo Pará e Mato Grosso, refrescando toda a floresta. Xingu vai longe desembocar no Rio Amazonas e alimentar outros povos distantes. Se o rio morre, a gente também morre, os animais, a floresta, a roça, o peixe tudo morre. Aprendi isso com meu pai, o grande cacique Aritana, que me ensinou como fincar o peixe na água, usando a flecha, para servir nosso alimento.
Se Xingu morre, o curumim do futuro dormirá para sempre no passado, levando o canto da sabedoria do nosso povo para o fundo das águas de sangue. Pela manhã, o Vento me levou para a floresta. O Espírito do Vento é apressado, tem de correr mundo, soprar o saber da alma da Natureza nos ouvidos dos outros pajés. Mas o homem branco está surdo e há muito tempo não ouve mais o Vento.

Eu falei com a Floresta, com o Vento, com o Céu e com o Xingu. Entendo a língua da arara, da onça, do macaco, do tamanduá, da anta e do tatu. O Sol, a Lua e a Terra são sagrados para nós. Quando um índio nasce, ele se torna parte da Mãe Natureza. Nossos antepassados, muitos que partiram pela mão do homem branco, são sagrados para o meu povo.

É verdade que, depois que homem branco chegou, o homem vermelho nunca mais foi o mesmo. Ele trouxe o espírito da doença, a gripe que matou nosso povo. E o espírito da ganância que roubou nossas árvores e matou nossos bichos. No passado, já fomos milhões. Hoje, somos somente cinco mil índios à beira do Xingu, não sei por quanto tempo.

Na roça, ainda conseguimos plantar a mandioca, que é nosso principal alimento, junto com o peixe. Com ela, a gente faz o beiju. Conta a história que Mandioca nasceu do corpo branco de uma linda indiazinha, enterrada numa oca, por causa das lágrimas de saudades dos seus pais caídas na terra que a guardava.

O Sol me acordou dançando no meu rosto. E o Vento trouxe o clamor do rio que está bravo. Sou corajoso guerreiro, não temo nada.
Caminharei sobre jacarés, enfrentarei o abraço de morte da jiboia e as garras terríveis da suçuarana. Por cima de todas as coisas pularei, se quiserem me segurar. Os espíritos têm sentimentos e não gostam de muito esperar.

Eu aprendi desde pequeno a falar com o Grande Espírito da floresta. Foi num dia de chuva, quando corria sozinho dentro da mata, e senti cócegas nos pés quando pisei as sementes de castanha do chão. O meu arco e flecha seguiam a caça, enquanto eu mesmo era caçado pelas sombras dos seres mágicos da floresta. O espírito do Gavião Real agora aparece rodopiando com suas grandes asas no céu. Com um grito agudo perguntou: Quem foi o primeiro a ferir o corpo de Xingu? Meu coração apertado como a polpa do pequi não tem coragem de dizer que foi o representante do reino dos homens. O espírito do Gavião Real diz que se a artéria do Xingu for rompida por causa da barragem, a ira do rio se espalhará por toda a terra como sangue e seu cheiro será o da morte.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. O dia se abriu e me perguntou da vida do rio. Se matarem o Xingu, todos veremos o alimento virar areia.
A ave de cabeça majestosa me atraiu para a reunião dos espíritos sagrados na floresta. Pisando as folhas velhas do chão com cuidado, pois a terra está grávida, segui a trilha do rio Xingu. Lembrei que, antes, a gente ia para a cidade e no caminho eu só via árvores.

Agora, o madeireiro e o fazendeiro espremeram o índio perto do rio com o cultivo de pastos para boi e plantações mergulhadas no veneno. A terra está estragada. Depois de matar a nossa floresta, nossos animais, sujar nossos rios e derrubar nossas árvores, querem matar Xingu.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. E no caminho do rio passei pela Grande Árvore e uma seiva vermelha deslizava pelo seu nódulo. Quem arrancou a pele da nossa mãe? gemeu a velha senhora num sentimento profundo de dor. As palavras faltaram na minha boca. Não tinha como explicar o mal que trarão à terra. Leve a nossa voz para os quatro cantos do mundo clamou O Vento ligeiro soprará até as conchas dos ouvidos amigos ventilou por último, usando a língua antiga, enquanto as folhas no alto se debatiam.

Nosso povo tentou gritar contra os negócios dos homens. Levamos nossa gente para falar com cacique dos brancos. Nossos caciques do Xingu viajaram preocupados e revoltados para Brasília. Eu estava lá, e vi tudo acontecer.

Os caciques caraíbas se escondem. Não querem olhar direto nos nossos olhos. Eles dizem que nos consultaram, mas ninguém foi ouvido.
O homem branco devia saber que nada cresce se não prestar reverência à vida e à natureza. Tudo que acontecer aqui vai voar com o Vento que não tem fronteiras. Recairá um dia em calor e sofrimento para outros povos distantes do mundo.

O tempo da verdade chegou e existe missão em cada estrela que brilha nas ondas do Rio Xingu. Pronta para desvendar seus mistérios, tanto no mundo dos homens como na natureza.

Eu sou o cacique Mutua e esta é minha palavra! Esta é minha dança! E este é o meu canto!

Porta-voz da nossa tradição, vamos nos fortalecer. Casa de Rezas, vamos nos fortalecer. Bicho-Espírito, vamos nos fortalecer. Maracá, vamos nos fortalecer. Vento, vamos nos fortalecer. Terra, vamos nos fortalecer. Rio Xingu! Vamos nos fortalecer!

Leve minha mensagem nas suas ondas para todo o mundo: a terra é fonte de toda vida, mas precisa de todos nós para dar vida e fazer tudo crescer. Quando você avistar um reflexo mais brilhante nas águas de um rio, lago ou mar, é a mensagem de lamento do Xingu clamando por viver.

Cacique Mutua".

Sinceramente? Não tem como ler e não se sentir comovido e ainda acreditar que essa atitude de prosseguir a usina seria bom pro Brasil.

O Grande drama da UHE de Belo Monte.

E aqui estamos com mais uma postagem sobre o drama da UHE do Belo Monte, muitos têm criticado o vídeo do post anterior. Não apoiamos a atitude apelativa dos atores globais, a campanha Gota d'água foi criada pelo ator Sergio Marone, porém a expansão do assunto foi enorme e isso que temos que agradecer. Querendo ou não ajudou pessoas que não sabiam do assunto se interessar pelo vídeo e compartilhar. 

Mas como há tempos estamos falando desse assunto, há tempos o ex-candidato a presidência Plinio de Arruda, (Não, não estamos puxando "sardinha" pro lado dele, apenas comentando a atitude não global e de tempos sobre o assunto), voltando, ele fez um vídeo e postou no Youtube, em maio de 2010, (tempos hein, pessoal?), falando no sobre a politicagem da Usina de Belo Monte. Mesmo pra vocês que são contra o Plinio e contra a usina sugiro ao menos que vejam esse video.




Como sempre dizemos: O Brasil é nosso, não dos grandes. Seja humano!

11/17/2011

Assinaturas Belo Monte.

Bom pessoal como vocês tem visto aqui no blog, em outros lugares, movimentações contra e até a favor da UHE (Usina HidrEletica) de Belo Monte.

Porém agora saiu um video com varios artistas da televisão brasileira, falando sobre... Estão colhendo assinatura para parar o Belo Monte (links abaixo)

Pare Belo Monte (avaaz)

Movimento Gota D'água 
Esperamos sua ajuda para algo melhor. E vamos acordar porque o Brasil é de todos nós, e não apenas dos peixes grandes!
Não custa nada assinar.

Para mais informações: Gota D'água

10/04/2011

Os prós e contras da Usina de Belo Monte..

Algumas pesquisas sobre a usina de Belo Monte nota-se que assim como ocorreu com o caso do novo código florestal, também há poucos pontos a favor da instalação da Usina Hidrelétrica.
O principal argumento de seus defensores é que será uma obra de baixo custo e energia limpa!
Porém os ambientalistas que estão contra a construção da usina afirmam que os danos ambientais, serão maiores que os possíveis benefícios pela área que será destruída, alem da perda da área, haverá deslocamento dos residentes das áreas de construção entre eles índios.

“Belo Monte além de Altamira, a hidrelétrica ocupará parte da área de outros quatro municípios: Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida e tem a maior população dentre essas cidades, com 98 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os demais municípios têm entre 10 mil e 20 mil habitantes.” Fonte: G1
Nessa matéria do G1 contém fotos com os locais que serão destruídos com a construção da usina.


Na postagem anterior, mostramos os dados históricos da discussão que envolve Belo Monte.
Em uma reportagem feita com políticos entre os anos de 2002 e 2003, mostram suas opiniões e argumentos relacionados a usina, um dos entrevistados disse o seguinte:

“Mário Matias Lobo, prefeito de Uruará (entrevista concedida entre setembro e novembro de 2002)
Posição em relação a Belo Monte "Sou a favor. O impacto ambiental é praticamente nulo perto dos benefícios e da quantidade de energia que será gerada. Nosso período chuvoso é diferente de outras regiões do país, o que permitirá a geração de energia durante épocas de seca. Em relação aos impactos, estamos discutindo com a Eletronorte um Plano de Desenvolvimento Sustentável, que será implementado de acordo com cada cidade. Por exemplo, existem cidades que estão muito próximas da área da barragem, como Altamira e Vitória do Xingu, onde vai haver uma grande concentração de população. Estima-se que cerca de 150 mil pessoas migrarão para áreas vizinhas à barragem. Já minha cidade, que fica a 250 quilômetros da barragem, não vai receber pessoas mas, sim, perder. Minha cidade foi formada por um projeto de colonização do Incra, portanto, tem uma economia basicamente agrícola, desenvolvida por pequenos produtores. A falta de assistência técnica, escola e infra-estrutura é o que levará as pessoas a sair da região." (continuação clique aqui)

Essa outra entrevista também traz uma visão voltada como a favor da construção, o trecho que me chamou atenção aqui foi:

“Olhar Virtual: A usina é vital para o desenvolvimento do país?
Emilio La Rovere: Belo Monte tem uma importância para o suprimento de energia elétrica no Brasil, e, por isso, a construção é vital. A usina irá aproveitar o potencial remanescente hidrelétrico no país. Houve um período de escassez de geração de eletricidade no país, entre 2000 e 2001, resultante da insuficiência de investimentos. O que aconteceu foi uma falta de planejamento para construção de hidrelétricas pela expansão da demanda. Hoje, o mercado de energia elétrica cresce e, por isso, Belo Monte e outras usinas são vitais para o desenvolvimento.” Para ler mais clique aqui.

Não seria necessário levar em consideração a população local? E os danos ambientais não devem ser levados mais em conta?

Nesta reportagem (clique aqui) contém relato de índios que ali residem. Esse comentário presente no site apresenta a opinião de uma índia: “Antes de Belo Monte, a nossa região vivia abandonada, esquecida pelo estado e pelos políticos. Só lembraram da gente quando precisaram de energia para alimentar a indústria que exporta os minérios da região para o exterior”, protestou Juma Xipaia, jovem índia da tribo xipaia e presidente da Associação dos Indígenas Moradores de Altamira-PA (Aima), durante a coletiva do longa-metragem produzido pelo brasileiro Rafael Salazar.

Os índios são destaque nas discussões relacionadas a Usina de Belo Monte afinal será ocupada uma área que eles residem e não é de hoje!

"Nós somos contra a Construção de Belo Monte porque ela prejudicará o indígena e o não indígena", disse o Cacique Raoni Metyktire, em seu discurso. "Um abaixo-assinado foi feito e mais de meio milhões de pessoas assinaram, nós queremos entregar para a presidenta Dilma Rousseff", completou. Segundo o antropólogo e assessor político do Instituto de Estudos Socioeconômicos, Ricardo Verdum. "A questão indígena vem sendo negligenciada desde o início e a partir do momento que o governo federal liberou as obras a situação se torna mais grave". (Leia mais aqui)

E complementando:
“Belo Monte representa o Brasil atrasado, apegado a velhos modelos energéticos, que beneficiam poucos, mas possuem uma enorme capacidade de destruição socioambiental”, diz Beatriz Carvalho, diretora-adjunta de Campanhas do Greenpeace. “No cerne da discussão sobre Belo Monte está a questão fundamental: qual modelo de desenvolvimento queremos assegurar ao Brasil, hoje e nas próximas décadas. Defender Belo Monte significa olhar o desenvolvimento do país pelo espelho retrovisor”. (Fonte: Greenpeace)

Não existe apenas Usinas Hidrelétricas como fonte de energia, existem também Energia Eólica, Energia Solar, Energia das Marés, Biogás e Biocombustíveis,(prós e contras aqui) que são conhecidas também como energia limpa, resumidamente são as fontes de energia que não são poluentes, o que devemos levar em conta nesse caso é qual seria mais adequada em cada região, pois não se tem ventos abundantes no Brasil todo, as taxas necessária de luz solar abundante para utilizar a energia solar e etc...

Uma coisa podemos pensar: Com tantos fatores para serem levados em consideração, não apenas o econômico, mas o ambiental e o social, vocês acham justo a liberação da construção da usina? Comentem